sábado, novembro 11, 2006

Finados 2006 - Parte Final

E inicia-se o domingo! O sol brilha, os pássaros cantam, os Smurfs saem de suas tocas cantando músicas toscas... ahm, ok, isso ainda é produto do meu sono.

Que tipo de gente acorda cedo no domingo? Eu, claro. Que tipo de gente acorda cedo pra pegar um ônibus pra Epitácio, pegar outro para Intermares, e não é para curtir um sol, e sim para preparar um seminário? Eu, claro.


Acordo, tomo um banho, como um pão assado com água, tomo minha colherada de mel (minha garganta pela manhã é inútil, principalmente aos domingos. Acho que ela também quer descansar) e segui para o ponto de ônibus. Não antes de passar protetor solar no rosto, graças a um pressentimento sobrenatural que apoderou-se de mim. Algo me dizia que eu iria precisar disso. Claro, peguei os óculos escuros emprestados do meu irmão, esquecendo, por um momento, que eu sou míope. Dez minutos, Vinte minutos... Ahn, eu acho que aquilo é o Geisel-Epitácio... ah, é sim.

E lá estou eu, num belo domingo ensolarado, na Epitácio Pessoa, de óculos escuros sem grau. E isso quase me fez perder o ônibus, mas isso são detalhes. Subi, fui assaltada pelo cobrador (R$ 1,60 por uma viagem para uma cidade satélite é um assalto) e me sentei. Meu ponto de referência? Primeira parada depois do antigo Water Park.

Impossível perder a parada, oras. Só passar as ruínas do Water Park. E o caminho se segue, fazendo turismo pela orla de João Pessoa, Bessa, e adjacências. Bem, eu acho que isso daqui é Intermares. Ah, sim, é. Quando os bares e cabeleireiros começam a ter nomes como "Intermares Bar", ou "Intermares Hair", eu sei que estou em intermares.

E vai seguindo, seguindo, e nada de achar aqueles toboáguas abandonados. Que coisa mais idiota fazer um parque aquático numa cidade litorânea! É quase como ter piscina numa casa de praia. Afinal, com um mar ENORME na sua frente, tomar banho de piscina é a coisa mais esdrúxula que existe. Até que o ônibus faz uma curva, rumando para a infame BR. Moço, eu passei demais da parada do Water Park? Ah, passei, foi? Tá, brigada...

Acho idiota o sistema de ônibus de Cabedelo. A saída é na parte de trás do ônibus, de modo que você anda contra o sentido do ônibus. Eu quase caí pelo menos umas duas vezes. Mas bem, desci, e gastei meus parcos créditos. Germana, querida, estou perdida. Em algum lugar do Poço, é. Ah, vou ter que ir voltando, é? Tá bom...

E voltei. Sobre areias avermelhadas e sob um sol capaz de fritar um ovo na minha cabeça, eu voltei. E foram os 30 minutos de caminhada mais demorados da minha vida. Suada, fedendo, irritada e cega diante de tanta luz, cheguei na casa dela. A dona da casa acabava de sair do banho, depois de uma bela noite de sono, e foi tomar café. Tomei café pela segunda vez, me re-hidratei, e perguntei da outra menina do grupo.

- Shuane? Não chegou ainda não...

E veja a hora que ela me chega: 10:40. Feliz, não? Paciência, paciência. Caraca, que piscina atraente. Ah, se eu tivesse trazido um biquíni... agora eu entendo porque as pessoas têm piscina mesmo morando a 20m da praia. Preguiça.

- Bem, Germana não leu o assunto porque ela não tinha. Lesse, Shuane?
- Li não, não vou mentir...

Aquilo realmente me irritou. Já não basta a pilantra (usando um termo alheio, com a devida não-autorização) se escorar em mim o curso inteiro, eu vou ter que fazer a porcaria do seminário sozinha? É, tudo bem, é nisso que dá ser otária. Relaxe, relaxe, conte até 10... até 20... até 29. Tá bom. Acalmou? Ótimo. Vamos cuidar do seminário.

E até às 18:40, ficamos sentadas, diante do computador, conversando mais besteira que fazendo o seminário. Almoçei um macarrão-chiclete, com mais catchup e queijo ralado que macarrão (como eu odeio macarrão), e um refresco muito ruim, que deveria ser de guaraná. Normal, normal. Ninguém faz almoço dia de domingo, quando os pais não estão em casa. Agora eu vejo uma utilidade maior para a piscina numa casa a 30 metros da praia: afogar colegas de turma.

A tarde se passa, mais falação de besteira, mais cansaço, e eu realmente estava me sentindo uma porca. Findo o trabalho, inicia-se a volta para casa. Eu tinha algo marcado para esse domingo, não tinha? Tinha sim, o que era...? Ah, claro. Um rodízio de pizza. Com uns amigos do Cefet, onde cursei o Ensino Médio. É, eu mal tenho dinheiro pra passagem, quanto mais prum rodízio? E eu não vou entrar na pizzaria de regata fedorenta, chinela havaiana que um dia foi branca, e a bolsa pesada como estava. Fui pra casa, tomei um banho e me senti como se tivesse passado o dia na praia: completamente ardida.

Advinhem? Ainda guardo o bronzeado da minha regata. =D

E aqui se findam minhas desventuras no feriado de Finados.

Vou ver se até amanhã posto um texto decente, só pra tirar essa tosqueira. =D

4 comentários:

Ivo Brunet disse...

Pilantra você hein! ;)

Fernanda Eggers disse...

Heheuehue!
Que diazinho!!!
Foi um domingo, não foi?

Anônimo disse...

Que dia, heim???
Ai ai...mas eu gosto de sol...sou branquinha, mas gosto.

Felipe Lucena disse...

"Que coisa mais idiota fazer um parque aquático numa cidade litorânea! É quase como ter piscina numa casa de praia. Afinal, com um mar ENORME na sua frente, tomar banho de piscina é a coisa mais esdrúxula que existe."
Você já ouviu falar no Beach Park?

Então deixe de ser idiota.