quinta-feira, novembro 09, 2006

Finados 2006 - Parte II

E continuando a epopéia...

Segundo Aristóteles, toda grande epopéia deve ter um só argumento. O resto são episódios. Acho que a minha vida é uma série de episódios...

Segue a sexta-feira de manhã. Como qualquer pessoa em casa alheia, eu não consigo dormir até além das 8h. Não importa o quanto me esforce, não consigo. Talvez pelo meu sono leve, ou simplesmente pela idéia de estar na casa de alguém.

Na verdade, eu me acordei às 6:30h, às 7:10, às 7:50, às 8:10 e às 8:40. Daí eu cansei de tentar dormir e acordei Fernanda. Tomamos café (pãozinho do Hiperbompreço, me lembra a minha infância em Recife, de quando tínhamos dinheiro para fazer feira em hipermercados. Pão do Bompreço sempre me remete à infância. E mortadela da Turma da Mônica também), e então eu me lembrei que tinha estômago, e que ele estava um pouco enjoado. Depois fomos assistir TV, e tudo o que eu posso concluir é: ou os desenhos estão idiotas demais para crianças, ou as crianças estão emburrecendo a cada dia. Prefiro pensar que a primeira premissa é a verdadeira.

Daí tomei um banho, porque João Pessoa é, oficialmente, uma filial do inferno, e arrastei Fernanda comigo até a parada. Conversamos bobagens, e eu agradeci por estar de tênis, se não tinha afundado meu pé, minha calça e acho que até meu cérebro nas areias do Bessa. O ônibus não tardou a passar, nos despedimos e eu fiz ela assinar um contrato a sangue que ela me devia uma noite na minha casa. Tá, a parte do sangue era mentira, mas que ela me deve uma noitada regada a coca-cola, besteirol e outras coisas mais divertidas, ela me deve.

Desci na Epitácio, andei uns 600m que me pareceram 600km e passei na casa do meu namorado. Ele dormia um sono pesado, e eu confesso que invejo essa capacidade. Quem consegue dormir até meio-dia? -.- Falamos um pouco de besteira e ele foi me deixar em casa. Pelo menos não andei os 600km de volta à Epitácio! =D

Ok, chego em casa, não como nada, tomo um banho e caio na cama, para ficar pelo menos decente quando o meu namorado/ noivo/ quase-esposo/ ou sei lá mais o quê chegasse. E eis que meu irmão mais novo abre a porta, dizendo que vai sair - o que, quase que obrigatoriamente, me faz sair também. Minha mãe não gosta que eu receba pessoas do sexo masculino quando ela não está em casa, e como eu não sou lésbica, isso inclui meu consorte. Dirigi-lhe um gesto obsceno e fui desenhar, porque afinal, eu não ia conseguir dormir mesmo.

Cheguei no shopping com uma hora de atraso, graças ao meu amado irmão. Andamos um pouco, conversamos muita besteira, andamos mais um pouco, conversamos ainda mais besteira, e liga um colega nosso, dizendo que vai estar passando lá para nos levar ao Rockabillys (e uma das certezas da minha vida é que eu NUNCA vou aprender a escrever o nome dessa lanchonete). Bem, eu estava com pouca fome, mas topei. Não queria chegar em casa cedo mesmo.

A surpresa não foi esse colega se atrasar - foi ele chegar acompanhado do patrão. Nunca que eu ia ter a cara de pau de pedir ao meu patrão que ele fosse buscar meus amigos em qualquer lugar, mesmo que fosse caminho, e por mais simpático que ele fosse. Mas bem, acho que as minhas regras de etiqueta é que são inadequadas para o mundo moderno...

Fiquei lá, incrivelmente sem jeito, ouvindo eles falarem de notebooks, de clientes chatos, de lanchonetes, e de sei lá mais o quê. Estava cansada, as pernas doendo, e quase que dormi com o ar-condicionado do carro. Pelo menos o patrão dirigia infitamente melhor que o referido colega.

Fomos então para a casa dele, e eu, claro, quase que caio de cara no chão ao sair do carro. Normal, essas coisas sempre acontecem. Principalmente comigo. Encontro um outro amigo meu, de longa data, e sua respectiva namorada. Bem, eu ainda acho que a menina morre de ciúmes de mim, mas eu prefiro não pensar a respeito. Fomos muito educadas uma com a outra, com direito a dois beijinhos no rosto e tudo. Daí nos dirigimos à bendita lanchonete, e ainda hoje eu me surpreendo com a capacidade de que aqueles sanduíches têm que me deixarem empazinada. Chantageei uma carona até a Epitácio Pessoa e cheguei em casa relativamente rápido.

Tomei um banho, liguei o computador, chequei e-mail, entrei no MSN (um dos meus vícios) e ainda lezei um pouco. Depois, meu destino era um tanto óbvio: mergulhei nos braços de Morpheu e dormi que nem pedra.

O sábado foi um tédio, fiquei em casa estudando o tempo todo. Mas o domingo contou com as minhas aventuras na praia do Poço, não percam. :P

3 comentários:

Fernanda Eggers disse...

Ah, pelo menos o seu dia foi divertido, ainda que o sábado não tenha sido.
E vc me acordou mesmo? Também acordei algumas vezes antes de me levantar, mas sempre te via dormindo...
Dave é estúpido demais, mas Padrinhos Mágicos é legal! =D

Deny Carneiro disse...

Eu assisti Padrinhos Mágicos e ri muito...kkkkkkkkk
Ah, eu quero ir pra casa de Fefz, aih ela chama Allana de novo e fazemos bagunça...ewwwwwww.
:))))

Ivo Brunet disse...

Se João Pessoa é filial do inferno, Mossoró é o que? Porque está um nível acima (ou abaixo, dependendo do referencial), não pode somente ser outra filial.

Dave eu não conheço, mas os Padrinhos Mágicos é legal. =)