Ela tem 19 anos, está no segundo ano de um curso universitário que dura 4 anos e meio e não tem emprego. Isso faz com que eu me espante com o noivado, mas não é esse o assunto de hoje.
Ela vive uma situação complicada em casa, com um padrasto meio "pinél" e faria bem em ir morar só, isso me faz apoiar a decisão do casal. Mas ainda não é o motivo dessa postagem.
O casório está marcado para 2010, provavelmente em abril e ontem estávamos conversando sobre esse assunto e sobre um Manual da Noiva da década de 50 (que é ridículo, mas deve render umas boas risadas). A moça já desenhou o vestido, já planejou o buquê, já está pensando na cerimônia, na festa e em outros pormenores do gênero.
Dei uma pausa nas minhas atividades acadêmicas (que me fizeram faltar o estágio hoje)e, aproveitando a folga e a hora do lanchinho, fui dar uma pesquisada nessa história de noivado, casamento e etc. Apesar de bonitinho (em termos), cheguei à conclusão de que o noivado como é feito é meio... inútil.
Veja no que conssite o noivado: uma festa que reune a família da moça e do moço, na qual ele pede a mão da moça ao pai dela. Ou pior: o pai do rapaz pede a mão da moçoila ao pai dela. Acertado isso há uma troca de presentes muito intrincada que eu não consegui decorar e os pais da noiva oferecem um jantar à família do noivo, ao qual os pais do noivo devem retribuir. Durante esses jantares o noivo deve fazer discursos de agradecimento à noiva e aos pais da noiva, discursos esses que também devem ser retribuídos.
A partir de então a noiva ganha mais liberdade com o noivo, podendo freqüentar a casa dele e os pais (da noiva e do noivo) ficam oficialmente se conhecendo.
Me diga se um negócio desses faz sentido atualmente? Difícil é ver um casal que se mantenha "puro, santo e casto" (até porque não teria graça nenhuma e seria um belo desperdício de tempo). O relacionamento entre pais deveria se dar naturalmente. É fato: uma hora eles vão se conhecer e vão conviver, nem que seja só nas festas de aniversário. E depois, para que toda essa formalidade de discursos e "blá blá blá"?
Não seria muito mais bonitinho um belo dia os dois saírem pra jantar num lugar legal e o cara (ou a mulher, tanto faz) propor o noivado, assim, bem na intimidade? E dali os dois irem comemorar a sós e já saírem com data de casamento marcada? Sem drama, choro, burocracia e ninguém metendo a colherinha no relacionamento alheio.
Um amigo meu costumava dizer que noivar era assumir pro pai da noiva que "tá comendo" (para usar o termo original). Não que seja grande novidade, mas quanto mais desconforto a ser evitado, melhor.
Estou tentando levantar o Membrana Seletiva. Fazia tempo que não escrevia, tá na hora de desenferrujar as juntas.
2 comentários:
Nossa, há muito tempo eu não via isso aqui funcionando! Eu também acho noivados inúteis. Conheço uma pessoa que foi noiva por uns 7 ou 8 anos e depois largou o cara. Casou com outro em 3 meses.
Acredito ser você uma mulher frustrada e mal amada...Nunca encontrou alguém que a pudesse amar verdadeiramente...
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