Acho um saco ter que pegar onibus, seja onde for ou quando for. Normalmente sempre tem um ou outro elemento que me irrita profundamente. Às vezes até os dois juntos. Mas nada pior do que pegar onibus no sábado ou domingo. Tudo aquilo que me irrita está naquela lata, elevado à 5ª potencia.
Em primeiro lugar, os motoristas raramente respeitam os passageiros. Acham que estao transportando carga, sacas de açúcar ou feijao... Ou seja lá o que passa pela cabeça deles. Quando alguém dá sinal num ponto de onibus, se for uma ou duas pessoas, o motorista apenas reduz a velocidade e abre as portas, pra que o passageiro pule pra dentro.
Um vez dentro do onibus, é preciso trocer pra nao precisar se acotovelar com um mundo de pessoas até chegar num lugar descente. As pessoas também sao um problema. Tem gente que esquece de tomar o banho semanal, nao entende bem o uso do desodorante ou nao tem noçoes de higiene como proteger um furúnculo. Nao se deixa um furúnculo exposto!!! Ninguém nunca ensinou isso, nao? Primeiro porque é nojento e eu nao queria ser obrigada a olhar praquilo e ter que tomar cuidado pra nao chegar perto. E é nojento pra "companheira" do furúnculo também (era um senhor furúnculo, dou duas semanas pra tomar o braço da mulher...), porque essas porcarias podem inflamar e ficar ainda piores do que já estao.
Claro, tem os "repentistas de onibus". O, raça!!! Ele entram no onibus, começam a cantar com suas vozes de taquara rachada o último forró seboso do momento e, no fim, vem com aquela conversa:
"O caçador 'véve' da caça, o pescador 'véve' da pesca, e o cantador 'véve' das ajuda dos passagero..."
Me irrita. Acho que vou abrir um outro blog, "Irritando Ferananda Eggers", por causa da quantidade das coisas que me irritam. Mas o que eu posso fazer??? É chato! E lá vai o cantador de quinta até o fim do onibus, com a mao estendida. Nao ganha nada e volta cutucando o povo, pra ver se assim consegue algum trocado. Eu, que nem tinha olhado pra cara do sujeito desde que começou a cantar, mataria um com um raio se pudesse, na hora em que a criatura chega com os dedinhos e dá tres batidinhas no meu ombro. Eu nao tinha nada antes, nao vou ter nada agora. Aliás, eu acho que eles deviam me pagar, por eu ter que suportar a cantoria!
Quando nao é isso, é um projeto de patricinha que pára do meu lado com um chiclete na boca. E começa a conversar com a amiga, com uma vozinha aguda e enjoativa e mascar o doce com a boca aberta. O que elas acham? Que é bonito? Charmoso? Sedutor? É falta de educaçao, nada mais, nada menos. E o barulho que faz é horrível! Só nao é pior do que os chupadores de dindim. Eles sentam, tranqüilos e calmos atrás de mim, porque eles escolheram ficar a volta da pessoa que mais odeia essas coisas, de propósito, rasgam seus saquinhos e começam a seboseira. "Squish, squish, slurp, slurp, slurp" e aquela porcaria derretendo, melando a mao, pingando nos bancos e no chao, o barulho insuportável... No dia em que juntou do meu lado chupadores de dindim e uma criança fazendo barulho com uma bexiga eu só nao desci do onibus e peguei outro porque estava muito perto do lugar onde ia descer.
Onibus é uma das coisas que mais me irrita nesse mundo, nao vejo a hora de me livrar do transporte público!!!
* Estou num computador da SOS Computadores e o teclado daqui está sem circunflexo e sem til. E sim, fico ligeiramente irritada em escrever assim.
sábado, setembro 09, 2006
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3 comentários:
Nossa, quanto ódio! Guardá-lo certamente não faz bem. Para a beleza, para o intestino, para o bem-estar... Mas extravazar pode ser bem útil. Não devemos guardar coisas que nos façam mal.
Para isso também, blogs podem ser úteis.
Sim sim, eu concordo com ela, não vejo a hora de me livrar. É muito ruim quando você está atrasado e tem que pegar um daqueles que acabam com a sua coluna kkkkkk
mas pior que isso...só as pessoas mesmo!
Você odeia muitas coisas... xD
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