segunda-feira, janeiro 15, 2007

Conversas no Pomar




Quanto mais queijo, menos queijo.



Era tarde e o sol brilhava quente sobre o solo tropical. Ele visitava seu amigo nesse país estranho, para apresentar suas condolências diante da morte do pai.

Não que o amigo gostasse tanto assim do pai. Fora um homem rico. Riquíssimo! E sovina como nunca a história reportara antes. Morrera na semana anterior, mas nem todos os seus compatriotas puderam comparecer ao funeral, tendo em vista que naquela época não tinha como atravessar um oceano a não ser em navios. E os navios eram muito lentos. Aqueles que se importavam muito com o velho senhor fizeram a viagem quando souberam que sua enfermidade agravara. Esses ficaram desapontadíssimos quando o velho finalmente morreu e seus nomes simplesmente não constavam no testamento. Desiludidas, voltaram para suas casas.

O testamento trazia um nome, e apenas um: o do filho mais velho do sovina. Nem na morte este pensara em distribuir seus bens, concentrou-os todos nas mãos do seu filho. O dinheiro, as propriedades - desde casas em Londres a fazendas de gado em Minas Gerais -, os navios mercantes. Não pensou ao menos na mulher ou na filha.

Para sorte dessas duas mulheres, o rapaz não era como o pai. Sabia que sua mãe era uma boa administradora, deixou parte da fortuna nas mãos dela, já havia arrumado um noivo competente para sua irmã, que poderia ajudá-lo a controlar as finanças e daria algum status à família. O pretendente era um lorde inglês, jovem, bonito, educado e amigo de infância do filho do falecido.

O lorde chegou, instalou-se num dos grandes aposentos da fazenda e foi conhecer a propriedade com seu amigo, enquanto discutiam seus últimos estudos. O maior interesse dos dois jovens era a ciência. Eles queriam fazer alguma diferença, marcar a história. O rapaz, novo dono das terras, discutiu alguns minutos com um de seus empregados a respeito dos novilhos recém-nascidos num português inpecável e guiou seu amigo até o pequeno pomar onde, enquanto o fazia provar carambolas, contou de seu mais novo projeto: uma biblioteca.

Não uma biblioteca qualquer, mas uma grande biblioteca; mandaria trazer livros de todo o mundo, talvez até mandaria traduzi-los para o português, faria vários andares, mesas amplas, cadeiras confortáveis. O projeto estava pronto, a construção da biblioteca começaria dali a pouco tempo e levaria um ou dois anos para ficar pronta.

O lorde riu, achou a idéia fantástica e sugeriu que o amigo exportasse aquelas frutinhas estreladas para a Inglaterra. Os dois voltaram à antiga casa senhorial para se arrumarem para o jantar, onde o lorde conheceria sua futura noiva, antes de voltar à Inglaterra e encerrar seus estudos.

9 comentários:

Allana disse...

The show must go on!

A noiva dele vai ser uma trepeça, ele vai pegar a empregada gostosa e espanhola como amante, vai ter um bastardo e...

Ok. Minha trama ficou tão ruim que nem a globo compraria isso.

Mas continue! :D

Fernanda Eggers disse...

Huahuahauah!

A Globo talvez não, mas pode ender pro SBT ou pra Record! =D

Anônimo disse...

Continua, ficou mto legal :D

Anônimo disse...

eu gosto de carambola, apesar de não comer muito, agora talves menos ainda já que nem tão cedo piso na casa da mnha avó, ritmo estranho esse da vida, cheia de parentes, ancestrais e tudo mais, weird...
"...voltar à Inglaterra e encerrar seus estudos." e eu que nunca termino os meus, e olhe que Joao Pessoa nem é a Ingaterra, tampouco eu um lorde :P

Anônimo disse...

eu gosto de carambola, apesar de não comer muito, agora talves menos ainda já que nem tão cedo piso na casa da mnha avó, ritmo estranho esse da vida, cheia de parentes, ancestrais e tudo mais, weird...
"...voltar à Inglaterra e encerrar seus estudos." e eu que nunca termino os meus, e olhe que Joao Pessoa nem é a Ingaterra, tampouco eu um lorde :P

Anônimo disse...

eu gosto de carambola, apesar de não comer muito, agora talves menos ainda já que nem tão cedo piso na casa da mnha avó, ritmo estranho esse da vida, cheia de parentes, ancestrais e tudo mais, weird...
"...voltar à Inglaterra e encerrar seus estudos." e eu que nunca termino os meus, e olhe que Joao Pessoa nem é a Ingaterra, tampouco eu um lorde :P

Anônimo disse...

Você gosta de Lordes, heim?? hauhauhuahuahu
Me too!!
:))
Amei o texto!!

Fernanda Eggers disse...

Lordes rules!
Eles são gentis, educados, polidos e sutis.
Ao menos nos contos. Duvido que na vida real eles fossem assim. =)

Italo disse...

Só imagino lordes tirando as luvas e dando uns "tapinhas" com elas, é bem cara "de lorde" mesmo. ^^
Gostei da Lina Inverse - a maga mais doida dos animes - como avatar. =P

PS: não vejo nada de mau em por amantes espanholas... XP